Arthur Quer Brincar com as Princesas
A irmã dele ainda tem 6 meses, mas já ganhou alguns brinquedos
de amigos e familiares. Dentre eles, algumas princesas. E lá vem o sr. Arthur querer
brincar com todas elas... Num primeiro momento, isso é muito estranho, confesso. O bom de se ler muito sobre crianças é que, quando a
situação surge, tu já tem uma ideia de como proceder. Eu já tinha bem claro para mim que brinquedos
e brincadeiras de forma alguma definem orientação sexual. Assim como brincar de várias profissões não quer dizer que esta é uma tendência à escolha profissional deles. Então disfarço e deixo-o brincar o tempo que quiser com as bonecas.
Inclusive, o Arthur ganhou com 1 ano e meio panelinhas e uma
cozinha de brinquedo para brincar. Foi difícil achar esses brinquedos com cores
neutras, eram todos rosa e sempre com meninas nas caixas, mas encontramos e ele
sempre brincou. Ele também tem uma vassoura pequena, um mini varal para
estender roupas, enfim, de casinha ele sempre foi estimulado a brincar, sem
problema algum. Esses dias manifestou interesse em nos ajudar a lavar louça. PONTO PARA NÓS!!!!
Afeto ele sempre foi estimulado a oferecer. Não para
bonecas, mas para ursinhos. Agora, com a chegada da mana, ele está bem
interessado em cuidar de bebês. Acho isso um excelente estímulo, tanto que
esses dias ele me falou: “mamãe, quando
eu crescer, eu quero ser papai. Para cuidar de um bebezinho”. PONTO PARA NÓS!!!!
Mas os filhos sempre nos desafiando, coisa impressionante...
agora são as princesas... “ok, meu amor, aqui
está”. A orientação sexual dele só o futuro vai dizer, eu é que não vou
interferir, tolhendo este interesse inocente dele. Embora no início me cause um frio na barriga, porque sou humana, sou imperfeita, eu não me sinto no direito de exercer
qualquer influência negativa sobre ele neste sentido. Não vou passar adiante minhas imperfeições. Sou imperfeita, mas nem
tanto. he he he.
E, pensando bem, essas oportunidades de brincar de princesas, cuidar de um bebê, só estão acontecendo após a chegada da irmã. Acredito que o Arthur será um adulto muito melhor com essas oportunidades, minha futura nora será uma mulher de sorte!
E, pensando bem, essas oportunidades de brincar de princesas, cuidar de um bebê, só estão acontecendo após a chegada da irmã. Acredito que o Arthur será um adulto muito melhor com essas oportunidades, minha futura nora será uma mulher de sorte!
Mas eu sei que mais dia menos dia algum coleguinha, algum familiar, seja por ignorância, seja por maldade (vamos combinar, tem gente do mal nesse mundo), alguém vai soltar a pérola... Então, tolher esse interesse dele eu não vou, mas não vou ser omissa sobre o mundo lá fora. Nossa sociedade ainda é machista, estereotipada e homofóbica. Então, me sinto na obrigação é ensiná-lo a se defender. E é nisso que tenho pensado ultimamente. É meu papel antecipar a ele que algumas pessoas podem dizer “XYZ” sobre ele brincar de bonecas. Mas vou dizer para ele não dar importância: “não existe brinquedo de menina nem de menino, a gente brinca com o que a gente quiser”.
Viram que novo discurso bonito?!!
De fato, os filhos chegam para ensinar muitas coisas boas para a gente!
Bjo gurias!
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Palmas pra você...
ResponderExcluirNão permitir que seu filho brinque com as bonecas é tão preconceituoso quanto mandar mudar a cor da pele ou cabelos de personagens clássicos, pra condizer com a do aniversariante.
Bebês não têm malícia, maldade, preferência sexual ou qualquer outra manifestação adulta dentro de si! Eles vêem o colorido, o bonito, o brinquedo e a oportunidade de descobrir, aprender e se divertir. Resta a nós deixá-los brincar!
Tenho em casa um bebê temporão de 1 ano e 2 meses, e uma netinha de 1 ano e 6 meses. Eles brincam juntos com as panelinhas dela, nos divertem ao máximo com suas colheradas dos papás que fazem, e olha só: ele simplesmente a-d-o-r-a uma boneca que eu mesma dei pra ela, que canta algumas canções (que eles escutam horas a fio com a Pintadinha) quando apertamos a barriga dela. E juntos de novo, chutam a bola de futebol, gritam gooool, e caem de bumbum, de tantas gargalhadas que dão.
Bora deixar nossas crianças crescerem como nós crescemos... sendo apenas crianças, e sem nos preocuparmos com o que era branco, preto, macho, fêmea e etc.
E parabéns por estar educando tão bem o seu grande pequeno homem!
é Verdade, Elaine!!! que sejam crianças! Ponto para nós! bjo :)
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