1o Desentendimento entre Arthur e Bárbara
Ontem o Arthur e a Bárbara estavam brincando no sofá quando acidentalmente ela colocou a mão próxima ao olho esquerdo dele e PUXOU. Mas puxooooouuuu, nitidamente machucou e ele começou a chorar.
Pela primeira vez eu estava nesta situação, em segundos eu tinha que dar um jeito naquilo,“mamãe, pensa rápido, rápido, rápido”.
Primeiro, dei colo para ele, deixei ele chorar o quanto quisesse e a mana só olhando, assustada.
Segundo, olhei para ela (encenação, admito) e falei bem gentilmente: “querida, NÃO pode machucar o mano, ok? É só carinho”
Terceiro, olhei para ele, limpei as lagriminhas e falei: “meu amor, NINGUÉM pode machucar o teu rostinho, ok? Precisamos só um pouquinho de paciência com a mana, porque ela não fez de propósito, mas ela vai aprender”
Quarto, peguei a mãozinha dela e encenei de novo: “querida, carinho é ASSIM, ta bom?” e passei no rostinho dele a palma da mão dela, e ela só olhando, mas já estava rindo.
Quinto, mudei de assunto e os dois voltaram a brincar tranquilamente.
Depois fiquei pensando melhor na rápida e instintiva reação que tive. Realmente, por que não minimizar? O que estaria implícito se eu dissesse a ele “mas ela é pequena”? Puxa, muitas coisas!
1) Que machucar tem justificativa;
2) Que por tu ser maior tu está em desvantagem;
3) Que ensiná-la a não machucar o irmão não é prioridade.
Há situações que nos pegam repentinamente de surpresa. E a responsabilidade de mãe é imensa para minimizarmos nosso papel nelas. Senti que, dentro do possível, o Arthur ficou satisfeito com o desfecho, não se sentiu injustiçado. O recado dado a ele foi: “é questão de tempo”, e não “é questão de tu ser maior”.
Ser mãe também é se virar nos 30!!!
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